A alteração da sensação a respeito de si próprio ou do mundo exterior, a impressão de estar levemente fora do corpo ou do lugar onde se encontra, da realidade parecer um sonho ou filme, é desordem chamada despersonalização, também conhecida como desrealização1. Embora pode causar a impressão de perda de controle ou de enlouquecimento iminente, tais efeitos nunca ocorrem, e o indivíduo sempre volta a um estado normal depois de algum tempo. A despersonalização é considerada normal numa certa medida e somente se torna patológica se houver episódios recorrentes e debilitantes.
Apesar do medo e desconforto que pode causar, não há maior perigo para o individuo.Dentro do contexto da síndrome do pânico, a despersonalização surge como sintoma3. A mente recorreria inconscientemente a um processo de dissociação, como meio de fuga de um conflito interno insuportável ou excessivas preocupações, medos ou receios. O devido tratamento terapêutico e farmacológico da ansiedade minimiza por sua vez as crises e sintomas relacionados. Compreender a desordem permite ao individuo uma reação sadia, calma e paciente, evitando assim o desencadeamento de uma crise de pânico causada pelo sintoma.
Uma vez reduzida a ansiedade, a despersonalização tende a desaparecer.A abordagem convencional
A psicologia e psiquiatria definem a despersonalização como desordem dissociativa, um sentimento de distanciamento de si próprio, de ser um observador externo dos próprios processos mentais, do próprio corpo.1 Não obstante a detalhada descrição dos sintomas, a ciência oficial não busca explicar os estados alterados de consciência, atribuindo-os à comoda hipótese da alucinação. Não existe consenso científico quanto a causa subjacente da despersonalização, podendo ser de origem orgânica ou psicológica2, o que determinará o tipo de tratamento apropriado. Antidepressivos e a psicoterapia são comumente recomendados, embora os resultados positivos sejam estatisticamente insignificantes.1 Para uma descrição convencional da desordem, seus fatores agravantes, atenuantes e tratamento, ver a página relacionada na Wikipédia.
Visto o aparente insucesso da abordagem convencional, tanto na explicação das causas e efeitos da desordem, quanto no seu tratamento, julgamos necessário considerar as possíveis causas anímicas ou extrassensoriais desta desordem. Antes, algumas considerações: Para a ciência moderna, a consciência no ser vivo é produto da atividade neuronal. Sem comprovação experimental alguma, esta teoria é de tal forma enraizada no pensamento científico que quase ninguém se preocupa em questioná-la, adquirindo o caráter de um verdadeiro dogma científico. É na própria conceituação da mente humana que os pesquisadores encontram o maior obstáculo na observação da mesma.
A abordagem parapsicológica ou transpessoal
Para a parapsicologia e psicologia transpessoal, a consciência é arquiteta e dirigente do soma (corpo físico) e preexiste à sua organização molecular na fase uterina e sobrevive à sua desagregação pela morte física. Em outras palavras: a alma humana. Ampliado o conceito de consciência para o estado extrafísico, independente do soma, muitos fenômenos aparentemente inexplicáveis ou atribuídos à causas neurológicas são analisados e explicados de maneira mais racional.
O corpo está lá, mas a mente parece estar fora dele.
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A experiência fora-do-corpo (EFC)4, amplamente estudada por pesquisadores como Charles Tart e Robert Monroe, revela efeitos quase idênticos à despersonalização. A possibilidade de induzir a EFC artificialmente, por meio de drogas ou estimulação externa levou a ciência oficial a descreditar qualquer estudo que discorda da hipótese da alucinação neurológica. Portanto, os seus proponentes não souberam explicar como uma pessoa pôde, em experimento de sono controlado, identificar corretamente uma série de números aleatórios escondidos a vários metros de onde o seu corpo repousava.5 Usamos a expressão ciência oficial, porque a parafísica e parapsicologia, ridicularizadas em público, são do mais alto interesse para agências de inteligencia civil e militar no mundo afora, conforme relata documentos 6, hoje de domínio público, demostrando a amplitude das pesquisas sobre as funções PSI ou extrassensoriais como a clarividência, telepatia, telecinesia, entre outros. (ver a página 60 deste documento) A despersonalização, que geralmente ocorre involuntariamente, se enquadra nesta funções. A ausência de estudos públicos sobre as funções PSI responde pelo seu desconhecimento quase completo no nível acadêmico e profissional, limitando gravemente o diagnóstico e tratamento das patologias relacionadas.
Neste breve artigo, abordamos a despersonalização como fenômeno natural no ser humano, que sob a influência de certos fatores, se torna patológico sem por tanto trazer consequências graves ou permanentes na saúde do indivíduo. Além das causas e efeitos imediatos, ela deve ser encarada como manifestação de um desequilíbrio anímico, perturbando a interação mente-corpo ou espírito-corpo. A compreensão dessa dualidade, da natureza espiritual do ser humano, mediante a terapia e estudo de literatura relevante, confere ao individuo a serenidade perante os sintomas muitas vezes assustadores desta desordem, fomentando a confiança no futuro e a paz íntima que por sua vez reduz a ansiedade. É um verdadeiro ciclo vicioso a ser quebrado, a começar pela postura mental diante de si e do mundo, pois tal como a doença, a sua cura relativa vem de dentro para fora.
Simon Baush
Referencias
1https://pt.wikipedia.org/wiki/Despersonalização
2https://en.wikipedia.org/wiki/Depersonalization
3Sierra-Siegert M, David AS (December 2007). "Depersonalization and individualism: the effect of culture on symptom profiles in panic disorder". J. Nerv. Ment. Dis. 195 (12): 989–95.
4https://pt.wikipedia.org/wiki/Projeção_da_consciência
5https://www.youtube.com/watch?v=Wttlz2mC1PM
6https://www.cia.gov/library/readingroom/docs/NSA-RDP96X00790R000100020010-5.pdf
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